Campos de Refugiados (Jorge E.)

Essa coluna teve um alto grau de discussão quando publicada originalmente no site do Negre-se em meados do ano de 2003-2004. E é com muita honra e atendendo a pedidos que republico ela no Falange. Em tempos de Urnaseleições, nada como uma reflexão ativista.

Campos de Refugiados

Adolf Hitler adoraria ver uma favela brasileira! Ele com certeza iria adotar esse princípio de “Auto-Gestão do Genocídio (AGG) ou Genocídio Auto-Sustentável (GAS)”. É mais barato que câmaras de gás! Não iriam ter problema com logística e nem com transporte de refugiados.
A fórmula é a seguinte: arrumem um local amplo e joguem os prisioneiros lá dentro com alguns pedaços de madeira. Em pouco tempo terá alojamentos, infra-estrutura e condições subhumanas. Logo após essa fase, coloquem um produto que elimine por algumas horas os pensamentos dolorosos e rebeldes dos “refugiados”. O uso de bebidas alcoólicas e nicotina são boas opções. Em pouco tempo é possível ver algum resultado, pois, aos poucos, eles começaram a se matar pelo consumo exesssivo!
Experimente em seguida implantar as drogas e determine dois pontos de venda - ponto A, em um lugar X; e ponto B, em um lugar Y. Além do extermínio ter efeito em curto prazo, o genocídio passa a ocorrer bem precoce. Mande tropas de destruição periodicamente para averiguação, apreensão dos entorpecentes e retaliação armada, se for necessário. Isso deixará a população de refugiados sem a droga e ainda mais violenta. A ação vai mostrar que o vício elimina muitos refugiados a médio prazo. Depois de um período, é possível perceber que o Campo de Refugiados está recheado de problemas sociais, como: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), falta de saneamento básico, precariedade civil e outros fatores do descaso que funcionam como ingredientes adicionais para dizimar a população quase que por completo.
Um número importante na administração de um Campo de Refugiados é a perspectiva de vida da população. Esse número quanto maior for, mais dificuldades você terá de exterminar todo o campo.
Uma ação que não poderia deixar de existir quando se fala de estratégias de “GAS” é a instalação de televisões em todos os alojamentos possíveis. A TV tem um papel supremo no aniquilamento da população refugiada. Ela ilude o mais jovem a tentação do consumo, força o adolescente a cometer latrocínio como roubar um tênis que viu no comercial, manipula a garota a iniciar sua vida sexual cada vez mais nova sem qualquer informação, aliena a dona de casa, instiga o consumo excessivo do álcool e nicotina, estimula o consumismo a toda prova e faz o refugiado se sentir inferior a cada cena da novela que assiste. A TV em números e estudos feitos em Campos de Refugiados do Brasil todo, mata mais que bala perdida.
Outro dado que deve ser levado em consideração é o índice de violência do Campo de Refugiados. O campo mais brilhante é o R6D2, do Jd. Ângela. O número de assassinatos que ocorrem neste bairro assusta. Nessa região morrem mais pessoas do que na guerra no Iraque. É impressionante como o Genocídio Auto-Sustentável trabalha sozinho naquele local. Ali seria o berço ideal para qualquer projeto sólido de Campo de Refugiados.
Finalizando, um plano de “GAS” tem como fundamento básico e regra de funcionamento a seguinte diretriz: um refugiado sem educação, cultura e dignidade é um refugiado morto!
Mais informações sobre Genocídio auto-sustentável, entre em contato com o Planalto Central, no horário comercial das 11h às 14h.
Obrigado!

“...e ainda dizem que no Brasil há divisão de riquezas, mas o povo só se fode, pois pagam pela sua pobreza...Quem te prejudica mais? Fernandinho Beira-Mar ou o Ministro da Fazenda...”
Misturando os Elementos (Jorge E. / Pânico Urbano - 1999)