Com mais de 20 anos de funk no currículo, Sany Pitbull é apontado como um dos expoentes da nova fase do estilo. Diferenciado de outros produtores de funk por apostar na vertente instrumental do gênero, utilizando pouco, ou quase nenhum, vocal em suas músicas, Sany vem experimentando sonoridades pouco comuns ao universo do funk, utilizando de barulhos de construção a gongos orientais em suas produções. A bagunça foi batizada de "pós-baile funk" pelos alemães do selo Man Recordings que lança os discos do DJ.
Vindo do electro alemão, misturado às influências do rap norte-americano e fortemente enraizado na cultura popular do Rio de Janeiro, o funk carioca vem tendo finalmente o reconhecimento que merece através do trabalho de Sany Pitbull. Acreditando que as batidas dos bailes cariocas mereçam ganhar o mundo, o DJ vem se destacando na cena internacional por implementar misturas e inovações nos bailes que anima nas noites em Londres, Paris, Estocolmo e Berlim, entre outros. Em suas turnês européias destaca-se sua apresentação no renomado clube Fabric de Londres, enquanto no Rio, sua participação no TIM Festival 2008 foi considerada pela mídia especializada um dos melhores shows do evento. No mesmo ano, foi, ao lado de Diplo, diretor musical do filme Favela On Blast.
Além do seu trabalho como DJ, é professor de produção musical do Red Bull Favela Studio e idealizador e curador do Red Bull Funk-se.
Recentemente retomou o projeto Carioca Funk Clube que envolve eventos, lançamento de artistas e um selo independente. Iniciado em 2004 em parceria com Adriana Pittigliani, o projeto tem o objetivo de legitimar o funk como movimento cultural, “Nós sofremos muito com preconceito e discriminação, o funk não pode ser reduzido ao proibidão e à sacanagem, precisamos mudar esta imagem”. Segundo Sany, os DJs e artistas precisam repensar o que é tocado nas festas, “Representamos a música do gueto, temos uma riqueza de ritmos e influências, devemos ser reconhecidos pela importância que temos pra história cultural do Brasil”.
Sobre o DJ, escreveu o sociólogo Hermano Vianna: “Um tiroteio sonoro como o funk carioca nunca ouviu. É mesmo algo totalmente novo no gênero, que amadureceu esse tempo todo na cabeça e no sampler do DJ Sany Pitbull. É a prova mais contundente que o funk carioca está na vanguarda da eletrônica mundial, não precisando baixar a cabeça para ninguém. Tudo perfeito e avassalador (...) ”
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